segunda-feira, 19 de dezembro de 2011



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Que Ele seja seu MODELO para FORMATAR sua vida: JUSTIFIQUE-a e ALINHE-a À DIREITA e À ESQUERDA, sem QUEBRAS na sua caminhada.

Que Jesus não seja apenas um ÍCONE, um ACESSÓRIO, uma FERRAMENTA, um RODAPÉ, mas o CABEÇALHO, a LETRA CAPITULAR, a BARRA DE ROLAGEM de seu caminhar.

Que Ele seja a FONTE da graça para sua ÁREA DE TRABALHO, o PAINTBRUSH para COLORIR seu sorriso, a CONFIGURAÇÃO de sua simpatia, a NOVA JANELA para VISUALIZAR o TAMANHO de seu amor, o PAINEL DE CONTROLE, para CANCELAR seus RECUOS COMPARTILHAR seus RECURSOS e ACESSAR o coração de suas amizades..

COPIE tudo que é bom DELETE seus ERROS. Não deixe à MARGEM ninguém, ABRA as BORDAS de seu coração, REMOVA dele o VÍRUS do egoísmo.

Antes de FECHAR, Coloque JESUS nos seus FAVORITOS e seu Natal será o ATALHO de sua felicidade! CLIQUE agora em OK para ATUALIZAR seus CONTEÚDOS!

E o mais importante, DESLIGUE O COMPUTADOR e vá se confraternizar com seus amigos, parentes.

RECONCILIE-SE com DEUS e com seu PRÓXIMO e tenha um FELIZ NATAL DE VERDADE.

sábado, 5 de novembro de 2011

Mídias sociais facilitam interação com alunos e podem ser instrumento pedagógico, defendem especialistas

Mídias sociais facilitam interação com alunos e podem ser instrumento pedagógico, defendem especialistas

Escolas precisam experimentar o uso das mídias sociais para aproximar o conteúdo pedagógico da realidade dos alunos, apontaram especialistas em educação que participaram nesta quinta-feira de seminário sobre o tema, no Rio. Segundo eles, o ideal é testar várias tecnologias e ver qual se adapta às regras da escola e os recursos disponíveis aos alunos, aos professores e aos pais.

Ao apresentar casos bem sucedidos e problemas gerados pelo mau uso de redes sociais, o autor do livro Socialnomics: Como as Mídias Sociais Transformam o Jeito que Vivemos e Fazemos Negócios (na tradução livre), o norte-americano Erik Qualmn, disse que é preciso ousar na educação e não restringir as aulas ao método tradicional que se resume a palestras, sem interatividade.

- Precisamos prestar atenção nos alunos, ver com qual ferramenta ou equipamento eles estão mais familiarizados e dar o primeiro passo – disse Qualmn no seminário Conecta, organizado pelo Sesi/Senai. Ele sugeriu, por exemplo, que escolas passem deveres de casa que possam ser apresentados pelo Youtube e substituam livros pelos ipads – aparelhos que reúnem computador, video game, tocador de música e vídeo e leitor de livro digital.

- Em muitos lugares, existe o debate sobre o uso, pelas crianças, de telefones celulares – disse sobre a disseminação dos smartphones – celulares conectados à internet.

- As escolas precisam checar ao que é melhor para si. Na (Universidade de) Harvard, o ipad é permitido em algumas aulas. Outras aulas são dadas da mesma forma há cem anos – acrescentou Qualmn, que também é professor de MBS da Hult International Bussiness, nos Estados Unidos .

Em uma escola pública do município de Hortolândia (SP), Edson Nascimento, professor de educação física, deu o primeiro passo na adoção de novas tecnologias como instrumento pedagógico. Ele criou um blog para divulgar o conteúdo das aulas e conquistou alunos até de outras escolas. Nascimento diz que o principal desafio para difundir a tecnologia na escola é convencer os demais professores a aceitá-la como um recurso educativo.

- Isso não é uma coisa tranquila, não temos adesão de 100% dos professores. Pessoas entendem que se migrarem para a tecnologia não vão mais saber dar aula. Apegam-se ao giz e à lousa como se isso lhes desse controle da turma. Mas os alunos acabam prestando atenção em outras mil coisas – disse Nascimento, que dá aulas para uma escola de 500 alunos de ensino médio e fundamental.

O professor americano Qualmn acrescentou que o próprio uso da internet pode estimular debates sobre a veracidade de conteúdos disponíveis na rede, além de incentivar a produção de conhecimento de forma colaborativa, como o que está disponível no Wikipedia, uma espécie de enciclopédia online aberta, que aceita contribuições de qualquer usuário.

Pedagoga de uma escola particular do Rio, que criou sua própria rede social, Patrícia Lins e Silva relatou que a ferramenta ofereceu “ganchos” para que a escola discutisse tópicos como o uso de “palavrões” e a superexposição de ídolos de adolescentes na rede.

Autor: O Globo

domingo, 2 de outubro de 2011

A lição digital

Do computador à lousa digital, pesquisas inéditas mostram quando e como a tecnologia realmente funciona na escola

CAMILA GUIMARÃES. COM LETÍCIA SORG

Poucos segundos depois de bater o sinal que anunciava o início da aula de ciências, os alunos do 6º ano começaram a entrar na classe da professora Leika Procopiak, cada um carregando seu próprio laptop, trazido de casa. Ao se acomodar nas mesas, nenhum deles tirou da mochila um caderno ou um livro. Abriram seus computadores, conectaram-se à internet (sem fio e de alta velocidade) e estavam prontos para aprender a lição do dia: fotossíntese. “Cada dupla decide quais das atividades fará hoje”, disse ela, no início da aula.

Sem usar a lousa e movimentando-se pela sala, Leika passou os 80 minutos seguintes orientando pesquisas em bancos internacionais de dados on-line sobre fontes de energia. Ajudou a fazer simulações gráficas de como variações da luz e da temperatura podem afetar o resultado da fotossíntese. Corrigiu exercícios propostos a partir de vídeos a que os alunos assistiram em sites especializados na web. Depois, cada dupla de alunos produziu um relatório, compartilhado com os colegas e com a professora pelo serviço de arquivos on-line Google Docs. O sinal marcando o fim da aula bateu e nenhum caderno saíra das mochilas.

Essa aula aconteceu na Graded School, uma das melhores escolas de São Paulo. É o tipo de atividade com que sonham pais deslumbrados com a parafernália tecnológica que atualmente é alardeada por colégios particulares. Escolas que muitas vezes cobram mensalidades mais altas por isso. Há mais de 25 anos tenta-se comprovar a eficácia do uso da tecnologia no ensino. Mas depois de tanto tempo, e de tanto marketing, ainda resta a pergunta: usar tecnologia para ensinar faz os alunos aprender mais?

A resposta é sim. Dois estudos inéditos demonstram como a tecnologia ajudou a melhorar as notas de alunos da rede pública. A Fundação Carlos Chagas (FCC) acaba de concluir uma avaliação dos alunos de todas as escolas públicas do município de José de Freitas, no interior do Piauí, que desde o início de 2009 estudam com o apoio de lousas interativas, laptops individuais e softwares educativos. De acordo com o estudo, esses alunos melhoraram sua média de matemática em 8,3 pontos, enquanto os que não usaram a tecnologia avançaram apenas 0,2 ponto. O segundo estudo, da Unesco, braço das Nações Unidas para a educação, avaliou o desempenho de alunos de escolas públicas de Hortolândia, em São Paulo, que usaram salas de aula com lousa digital e um computador por aluno. O avanço foi de duas a sete vezes em relação aos colegas em salas de aula comuns.

O sucesso, porém, depende de como a tecnologia é usada. Não adianta trocar o caderno por notebook ou tablet sem ter estratégias e conteúdo para usá-los. Isso ficou claro em alguns fracassos no uso dos computadores. O Banco Mundial divulgou, no fim do ano passado, a avaliação de um programa do governo colombiano que distribuiu máquinas para 2 milhões de alunos. O impacto nas notas de espanhol e matemática foi próximo de zero. Em alguns casos, as notas até pioram depois da chegada dos aparelhos. Em 2007, uma pesquisa do Ministério da Educação do Brasil mostrou que alunos que estudaram, por três anos, em escolas com computador estavam pelo menos seis meses atrasados no aprendizado em relação aos outros. Em ambos os casos, os pesquisadores se limitaram a contar se havia computador na escola. Não avaliaram se as máquinas eram usadas para dar algum conteúdo, além dos cursos de processadores de texto e planilhas.

É por isso que, nos países mais adiantados na implantação de tecnologia, a discussão hoje é como usar a tecnologia da melhor forma. Nos países ricos, a questão do acesso às máquinas foi superada. Cerca de 97% da rede pública americana tem um computador por aluno. Na Alemanha, mais de 30 mil escolas estão equipadas desde 2001. Mas, depois de tanto tempo usando computador na sala de aula, as estatísticas de aprendizado nacionais não melhoraram significativamente. A pergunta é como usar a tecnologia de um jeito diferente. A Inglaterra criou um departamento só para pesquisar e avaliar o uso inovador da tecnologia em sala de aula. Na Coreia do Sul, o governo percebeu que, sem um conteúdo curricular fortemente relacionado à tecnologia, ela teria pouco efeito. Começou a produzir novos materiais didáticos para os computadores. “Ainda tendemos a conceber o papel da tecnologia como algo a que basta o aluno ter acesso que as coisas vão melhorar”, afirma o americano Mark Weston, estrategista educacional da fábrica de computadores Dell. “Essa era a ideia há 30 anos, mas agora sabemos que também é preciso ter boas práticas de ensino.” (Leia a entrevista com Weston)A seguir, cinco práticas que ajudam a tecnologia a ensinar.


1. Saber para que usar a tecnologia A tecnologia precisa ser usada com um propósito. A professora Leika, da Graded School, planejou a aula descrita no começo desta reportagem porque queria que os alunos aprendessem na prática a teoria que ela tinha ensinado, do jeito tradicional, na aula anterior. “Planejei em casa e pesquisei as melhores fontes para que isso acontecesse”, diz. Na sala de aula, quem domina a estratégia é o professor, mas também é decisão da escola, ou até de uma rede inteira, como usar determinada tecnologia.

Em segundo lugar, o conteúdo tecnológico deve ser complementar ao transmitido da forma tradicional. “Não adianta dar para o aluno ler no computador o mesmo texto que ele leria no livro didático ou na apostila. Isso não o fará aprender mais ou melhor”, afirma Marcos Telles, diretor da Dynamic Lab, uma empresa de tecnologia de educação.

Essa integração entre a tecnologia e o conteúdo das aulas é o maior desafio das escolas. As escolas municipais de Matinhos, no Paraná, tinham uma demanda específica: melhorar as notas de português e matemática de todos os 3 mil alunos da rede, com equidade. Foram atrás de um software educacional feito sob medida para isso. No computador, o aluno faz atividades interativas e evolui para as mais difíceis, de acordo com seu ritmo de aprendizado. “Alunos aprendem de jeitos diferentes e, no ensino tradicional, os que estão para trás acabam fadados ao fracasso por não receber acompanhamento adequado”, afirma Betina von Staa, pesquisadora da Positivo Informática, que faz os softwares educativos. Marcos Vinicyus de Oliveira, de 7 anos, poderia ter sido um deles. Em 2010, estava no 2º ano e ainda não conseguia ler nem cumprir tarefas mais simples, como copiar a lição da lousa. “Agora consigo juntar as letras no computador”, diz. Marcos aprendeu a ler e a escrever depois de começar a usar o programa.


2. Transformar o jeito de dar aulaPara usar qualquer tecnologia, da câmera digital ao computador, é preciso abandonar a geografia tradicional da sala de aula, aquela que coloca o professor na frente do quadro e os alunos enfileirados anotando tudo. Uma das tecnologias mais antigas em prática nas escolas brasileiras e que dá certo é a robótica. Ela reforça a ideia de ensinar de forma diferente: são aulas em que os alunos, sempre em grupo, precisam executar um projeto: programar e montar um robô. “Aprendi a trabalhar em equipe e a prestar atenção em pequenos detalhes”, diz César Henrique Braga. Ele acabara de terminar seu primeiro robô, um jipe lunar, com outros três colegas do 6º ano do colégio COC Vila Yara, em Osasco, São Paulo. “O aluno precisa aprender a usar o conhecimento para criar”, diz Paulo Blikstein, professor da Escola de Educação da Universidade Stanford.

Blikstein ensina professores da rede pública dos Estados Unidos a ensinar em ambientes com tecnologia. Para ele, a vocação da tecnologia é ajudar no ensino por projetos. Essa estratégia parte dos conteúdos do currículo tradicional, como escrita e matemática, para desafiar os alunos a executar tarefas criativas, como fazer um filme. E essas habilidades dificilmente são ensinadas nas aulas tradicionais.


3. Mudar a relação entre professor e alunoSegundo Blikstein, um dos maiores desafios na hora de usar tecnologia é mudar a prática e a mentalidade dos professores. Isso aconteceu no início do projeto em Hortolândia, estudado pela Unesco. Ele foi elaborado e executado por especialistas em educação da fabricante de computadores Dell e da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo. O objetivo era melhorar o aprendizado de português e matemática de 5.500 alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental e 1º e 2º ano do ensino médio, de 23 escolas estaduais. As salas de aula ganharam um computador por aluno e lousa digital, com material didático digital desenvolvido por educadores da Universidade de São Paulo (USP).

Foi preciso um ajuste de cara. As aulas não estavam durando o tempo planejado. O material fora criado para aulas de 50 minutos. Mas elas acabavam em apenas 20. Isso porque os professores usavam a lousa digital como se fosse um quadro-negro tradicional. “Eles não davam espaço para os alunos interagirem com a lousa”, diz Ricardo Menezes, diretor da área de educação da Dell para o Brasil.

A prática do professor também está ligada a sua relação com o aluno e a seu domínio sobre a classe. A concentração dos alunos na aula é um dos fatores mais determinantes para que eles de fato aprendam. Várias pesquisas e estudos já foram feitos sobre isso, mas não existe uma fórmula mágica que garanta que garotos se interessem mais por cálculos de raiz quadrada do que por bater papo com um colega. Mas alguns especialistas dizem e pesquisas demonstram que, usada da maneira correta, a tecnologia pode sim ajudar a prender a atenção. “Como é uma linguagem que o aluno conhece, o professor se aproxima com mais facilidade”, diz Maria Elizabeth Almeida, professora do programa de pós-graduação em educação curricular da PUC de São Paulo.


4. Formar e treinar os professores

No Brasil e no mundo, a maioria dos professores ainda não consegue justificar o uso da tecnologia na classe. “Eles não têm a formação adequada para isso”, diz Weston, da Dell. Não por acaso, o projeto de Hortolândia foi executado pela Escola de Formação de Professores do Estado de São Paulo. “Não adianta colocar tecnologia na escola sem dar a formação adequada aos professores”, diz Vera Cabral, diretora da escola. O próximo passo é levar o projeto para toda a rede e treinar professores em grande escala.

Há duas maneiras de fazer a formação dos professores. A primeira é colocar os formadores, monitores especializados na tecnologia e no conteúdo, dentro das salas de aula, como fez um projeto conjunto do Estado do Piauí, do município de José de Freitas, e da Positivo. Francisca das Chagas Lopes da Silva dá aula no 4º ano de uma escola estadual da cidade. Formada em pedagogia, ela não sabia como fazer o planejamento diário de suas aulas, nem aprendeu na faculdade a avaliar seus alunos de outra forma a não ser as tradicionais provas bimestrais. Ao participar do projeto, Francisca passou a dar aulas acompanhada por monitores. O planejamento das atividades fazia parte do treinamento, assim como fazer o registro de tudo o que acontecia em classe para avaliar melhor o desenvolvimento dos alunos. “Aprendi a ensinar usando a tecnologia, mas também aprendi a planejar. Se eu for planejar uma aula qualquer, do jeito tradicional, farei isso melhor do que antes”, diz.

A segunda estratégia para formar os professores é mais comum nas escolas particulares. Ali, a formação acontece mais por iniciativa de cada professor do que em cursos oferecidos pelos gestores. No Beit Yaacov, colégio particular de São Paulo, a estratégia adotada foi deixar a cargo dos professores quando e qual tecnologia usar. Os profissionais são estimulados a pesquisar por conta própria novas tecnologias e as maneiras de usá-las, inclusive no ensino infantil. A partir da experiência de cada um, o que dá certo é adotado pelo resto da escola e o que deu errado é aperfeiçoado. “Sem o envolvimento de todos os professores, não há como criar e fortalecer uma cultura digital dentro da escola”, afirma Silvana Del Vecchio, coordenadora de tecnologia do colégio.


5. Reformar a cultura da escola

Nem a tecnologia mais avançada conseguiu ainda o feito de mudar a cultura escolar. Mas uma escola pública de Nova York resolveu tentar. A Quest to Learn foi criada pela designer de games Katie Salen, que escreveu vários livros sobre o uso de jogos na educação. Os alunos aprendem o conteúdo curricular criando e jogando videogames. Em funcionamento há um ano e meio, a escola foi moldada sob conceitos muito diferentes: os alunos não passam de ano, mas de fase – como nos jogos –, e não ganham notas, mas classificações de acordo com sua habilidade. “Acreditamos que aprender a programar e a lidar com mídias serão habilidades centrais para que os jovens se expressem e sejam competitivos ao entrar na universidade e no mercado de trabalho”, diz Katie.

A cultura do ensino pela tecnologia está na prática diária dos professores da Quest to Learn. “Eles são treinados para criar experiências nas quais os alunos possam aprender fazendo, tentar soluções e dividir o conhecimento”, diz Katie. Até agora, os alunos da escola não mostraram notas melhores nos testes tradicionais, que não medem as tais “habilidades do futuro”. Se derem certo, porém, experiências como essa podem e devem ser usadas como alternativas para melhorar o ensino para todos.

Fonte: Revista Época

Cuidados en Internet

Phineas & Ferb - segurança na internet

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Os 5 primeiros blogs da internet – Superlistas

Os 5 primeiros blogs da internet

Ana Carolina Prado 31 de agosto de 2011

O dia 31 de agosto foi escolhido informalmente para celebrar a blogosfera porque os números 3108 lembram a palavra Blog. Se você olhar direito até lembra, vai. Saca só a imagem que está no site comemorativo:

Nesta data, blogueiros do mundo todo recomendarão cinco blogs bacanas para seus visitantes. Nós vamos aproveitar a ocasião para relembrar um pouco da história da internet. Nossas indicações vão para os primeiros blogs já criados – tudo bem antes do aparecimento de serviços como o Livejournal ou o Blogger, que só vieram em 1999. E adivinhe só: o primeiro diário online foi criado por um brasileiro.

Open Diary, novembro 1994

O site do cientista e pesquisador brasileiro Cláudio Pinhanez, que na época já trabalhava no MIT Media Lab, é considerado o primeiro a ser publicado em formato de diário virtual. O seu “Diário Aberto”, publicado no Laboratório de Mídia do MIT, tinha o objetivo de documentar acontecimentos em sua vida e foi atualizado até 1996. Em seu primeiro texto, ele falava sobre o filme Vanya on 42nd Street (Tio Vanya em Nova York ), que havia achado o máximo. “Fazia tempo que eu não assistia a um grupo de atores interpretando um texto com tanta intensidade. Vi no domingo, mas na noite de segunda-feira ainda estava animado, e não podia tirá-lo de minha mente”.

Links.net, janeiro de 1994

Em dezembro de 1993, o estudante Justin Hall, à época com 19 anos, encontrou um exemplar no jornal New York Times que falava sobre uma coisa nova chamada web. O primeiro site havia sido colocado no ar no ano anterior. “Gráficos e links para percorrer a Internet? Todo o conceito me surpreendeu. Logo após navegar na web, percebi que quase todos os esforços de publicação on-line foram amadores – feitos por pessoas que sabiam como usar HTML, mas não necessariamente tinham algo em particular a dizer”, conta ele em sua página. Então ele resolveu aprender HTML buscando informações na internet para criar seu próprio site, que se chamou inicialmente “Página Inicial do Justin”. Foi o primeiro blog já criado. Lá, havia links para informações HTML, uma foto dele com o coronel americano Oliver North, um clipe sonoro do vocalista do Jane’s Addiction louco de ácido e uma lista dos seus sites favoritos, além de alguns textos em que falava sobre a sua vida. Havia também uma página cor de rosa sobre sexoque trazia links como “Conselhos sexuais”, “Vitrines sexuais” e “Supermodelos disfarçadamente sexuais”, seja lá o que isso quisesse dizer. Tudo isso fez sucesso e Justin manteve o blog por 11 anos.

Carolyn’s Diary, janeiro de 1995

Em 1995, a americana Carolyn Burke criou o Carolyn’s Diary. Logo no início da página, ela avisava: “Cuidado… este é o meu diário”. Ali, ela contava sobre seu dia, seus pensamentos, compartilhava alguns links e poemas. Em um dos posts, falava sobre a brincadeira mais divertida da internet: criar o maior número de contas de e-mail possível. Definitivamente, eram outros tempos. Carolyn também integrava o projeto “24 Horas no Ciberespaço”, um projeto colaborativo pioneiro que pretendia humanizar a rede e convidava as pessoas a postarem fotografias mostrando como a internet havia afetado sua vida. Ela ficou famosa e, em 1996, foi capa das revistas U.S News e Report World.

Scripting News, abril de 1997

O programador e empresário americano Dave Winer é pioneiro na tecnologia de RSS, XML-RPC, OPML e da API MetaWeblog e é considerado um dos caras mais importantes da história da internet. Em abril de 1997, ele lançou o Scripting News, uma página de notícias para os usuários do software Frontier, que se tornou um dos mais antigos weblogs restantes na rede hoje. Por um bom tempo, desde seu primeiro post, no dia 1º de abril de 1997, os posts só traziam uma lista de links. Depois é que foram ganhando mais conteúdo.

RobotWisdom.com, dezembro de 1997

O americano Jorn Barger foi o criador do termo “weblog” para definir uma nova forma de publicação na web. O RobotWisdom.com (Robô da Sabedoria) já existia desde fevereiro de 1995 e trazia artigos sobre James Joice, inteligência artificial, cultura na internet, design de hipertexto, história e tendências tecnológicas, assuntos sobre os quais ele entende muito. Mas foi só em 97 que começou a usar o termo “weblog” e a postar diariamente na esperança de encontrar uma audiência que pudesse ser capaz de ver as conexões entre todos os temas que ele explorava. Em seus posts, colocava links sobre arte e tecnologia e informava as pessoas sobre suas leituras e pesquisas. O termo foi encurtado para” blog “por Peter Merholz em 1999.Os 5 primeiros blogs da internet – Superlistas

domingo, 7 de agosto de 2011

Como os alunos fazem buscas na internet

Estudo realizado pela Universidade de Buenos Aires, na Argentina, mostra como os estudantes procuram informações na rede mundial

Gabriel Pillar Grossi (ggrossi@abril.com.br), de La Plata, Argentina

A tecnologia está cada vez mais presente na vida de todos. Tanto é assim que pela primeira vez na história o Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação Comparada, a famosa prova realizada com jovens de 15 anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE) vai incluir, neste mês de maio, um teste para ser respondido com o auxílio do computador. As 27 questões serão aplicadas apenas em 17 países (dos quase 60 que fazem o Pisa), justamente para medir a capacidade de encontrar informações e construir conhecimento utilizando a rede mundial.

No entanto, o uso de computadores na escola ainda não está tão disseminado em nosso país (e em muitos de nossos vizinhos). Pesquisa divulgada no mês passado mostrou que 63% dos estudantes brasileiros dizem que o lugar mais habitual para acessar a internet é a escola. Porém, esses mesmos jovens afirmam que metade dos professores não utiliza nem recomenda a rede. E apenas um em cada dez entrevistados aprendeu a usar a ferramenta com um educador.

Cientes dessa falta de familiaridade dos professores com a internet, pesquisadores da Universidade de Buenos Aires vêm se dedicando a entender como os alunos buscam informações na rede. "Muita gente acha que, pelo fato de terem mais acesso às máquinas desde cedo, as crianças sabem tudo o que precisam fazer, o que não é verdade", destaca Flora Perelman, a coordenadora do estudo, que foi apresentado em março durante as Jornadas 30 Anos de Leitura e Escrita na América Latina, em La Plata. "Temos um papel fundamental na hora de ajudar essa turma a usar as novas tecnologias."

O estudo, feito com alunos do equivalente ao nosso 7º ano em 400 escolas da província de Buenos Aires, indica que há cinco pontos essenciais a considerar antes de colocar a garotada na frente da tela: compreender que a busca na rede é uma prática social de leitura, tomar consciência de que a máquina deve ser usada ao nosso favor, aprender a escolher os sites que têm o que se quer procurar, saber selecionar informações confiáveis e entender o peso da imagem no processo.

O que o aluno deve buscar na rede, onde e como

O primeiro problema que se coloca para os estudantes ao pesquisar na internet é onde encontrar o que se quer. Em geral, acessam um site de busca (tipo Google) e digitam uma ou mais palavras. Há três comportamentos padrão. Quando quer apenas se divertir, o jovem clica no primeiro resultado de busca e vai para o novo site. Na hora de buscar conhecimento geral, ele clica em no máximo dois sites, até achar o tema em questão. Finalmente, quando tem de localizar algo específico para uma tarefa escolar a complexidade aumenta: o aluno faz a busca, lê o site, tenta avaliar a qualidade dos dados oferecidos e refaz o processo várias vezes, até ter alguma certeza de que os nomes, números e datas conferem. Mas o processo é eficaz? "Isso prova que buscar informação na internet é altamente complexo, é uma prática social de leitura e, portanto, requer auxílio constante do professor", explica Flora Perelman.

Mariana Ornique, também da equipe que realiza o estudo, conta que, quando o professor não orienta o trabalho, o mais comum é a turma digitar qualquer coisa na tela, sem pensar muito. "Só que a página de busca não é capaz de interpretar nada." Por isso é fundamental discutir o que exatamente se quer encontrar - antes de clicar. Em outras palavras, é preciso levar os alunos a entender a diferença entre pedir informação a alguém e à máquina. Só assim a tecnologia é usada a favor do usuário e da aprendizagem.

Na hora de escolher, confiança é a chave

O terceiro passo é aprender a selecionar os sites "Na dúvida, as crianças muitas vezes optam por um ‘.org’ ou ‘.gov’, porque acreditam que páginas não-comerciais têm mais credibilidade", afirma outra pesquisadora, Vanina Estévez. "Será? Duvidar das informações é essencial e é preciso ensinar a turma a fazer isso." Segundo a pesquisa, os jovens acreditam muito na objetividade dos fatos históricos. Mas é essencial que eles compreendam que qualquer ponto de vista carrega consigo uma certa parcialidade - conhecimento, aliás, que deve ser explorado também em atividades sem o computador. Daí a importância de saber selecionar as informações confiáveis (a quarta conclusão do estudo). Afinal, nem tudo o que está disponível na internet é verdadeiro.

Como, então, levar a turma até dados confiáveis? "Essa é a questão quando se trata de explorar a tecnologia na escola", diz a pesquisadora Emilia Ferreiro, conhecida por seus estudos em alfabetização, mas que coordena trabalhos sobre o uso do computador em classe. "Quando alguém nos pergunta algo, imediatamente pensamos para que essa pessoa quer saber isso, aonde quer chegar. E a máquina não faz isso. Nenhum site de busca consegue interpretar como nós fazemos."

A força das imagens e como não se enganar

Finalmente, María Rosa Bivort, também da equipe de Buenos Aires, chama a atenção para a importância da imagem na busca via internet. "Numa das tarefas propostas, os alunos tinham de encontrar fotos de imigrantes que vieram da Europa no século 19", conta ela. "Ao colocar palavras-chave nas ferramentas de busca, como ‘navio’ e ‘século 19’, algumas crianças encontraram fotos recentes de embarcações antigas em festas em homenagem aos imigrantes, por exemplo." Isso serviu para os professores explicarem que nem todas as imagens em sépia (aquele tom amarelado que as fotos em preto-e-branco ganham com o tempo) são velhas de verdade, pois esse efeito pode ser obtido hoje justamente graças à informática. Sem falar no próprio visual dos sites - um mais atraente pode "parecer" mais confiável, sobretudo para crianças menores.

Tudo isso só reforça a importância de cruzar informações e checar antes de simplesmente comprar o que aparece na tela. "A confiabilidade é mesmo o aspecto crucial", analisa Emilia Ferreiro. "A grande vantagem é que a máquina nos permite experimentar infinitamente. Podemos voltar, refazer, trocar tudo. E isso não causa nenhum problema ao trabalho, pois ele é 100% reversível. No entanto, precisamos ensinar a interpretar. Pois só assim vamos ajudar os alunos a construir conhecimento de fato."

Fonte: Nova Escola

Laboratório de informática - Educar para crescer

Laboratório de informática - Educar para crescer

Dicas para montar um laboratório de informática na sua escola e fazer os alunos aproveitarem o melhor dele


Nova-EscolaFoto: Daniel Wainstein
sala de informática

O passo-a-passo para incluir a tecnologia na vida escolar

- Conheça a cultura televisivo-digital de seus alunos: o que eles gostam de ver na TV e usar na internet, como jogos e comunidades.

- Faça um debate com os que já utilizam canais de comunicação, como o MSN: discuta as palavras que eles usam para se comunicar e compare com a linguagem culta.

- Promova dias ou momentos de jogos coletivos na internet. Utilize os que provocam a interação, envolvem conhecimentos gerais e específicos de disciplinas da escola (Matemática, História) e estimulam estratégias, desafios e raciocínio lógico.

- Crie uma comunidade da escola no Orkut, com a participação dos estudantes e autorização da direção. O debate em torno da criação da comunidade, de seus objetivos e regras pode enriquecer o aprendizado. Lembre que essa iniciativa envolve riscos e responsabilidades, pois trata-se de um espaço livre, onde qualquer um pode entrar e escrever o que quiser. Deixe claro que, assim como na vida real, na virtual também não podemos ofender, caluniar ou injuriar ninguém.

- Estimule a troca de opiniões por meio de outras ferramentas, como os blogs.

- Identifique os alunos que participarão do projeto, suas habilidades e potenciais. A escolha pode ser feita também por questionário aos interessados. Deixe claro que será uma tarefa voluntária e que o maior ganho será o conhecimento.

- Não deixe de fora os que têm dificuldades de aprendizagem ou que “dão trabalho”em sala de aula. A responsabilidade e a valorização podem ajudá-los a mudar.

- Após o período de formação, organize o trabalho, com datas e horários, e defina compromissos e regras. Tudo que for combinado deve ser escrito e repassado aos pais, para que eles autorizem os filhos a ficar na escola em horário extra-aulas.

- Providencie camisetas de monitor ou certificados de participação que comprovem a condição de voluntário no laboratório de informática.

- Oriente os monitores a pesquisar na internet e deixe-os à vontade para trazer contribuições ao laboratório. Reserve um horário livre para que explorem softwares e a internet.

- Apresente-os à comunidade escolar, deixando clara sua importância e os objetivos do projeto.

- Entreviste os voluntários de tempos em tempos: o que aprenderam? Quais foram os maiores desafios? O que sugerem para o futuro?

- Vale destacar que os monitores não substituem professores nem técnicos.

Como funciona seu computador por dentro

Como Funciona o Computador...

started , partes do computador

TECNOLOGIA X METODOLOGIA

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Prof. Dr. Fernando Almeida - Inclusão Digital

Jornal da escola. Tudo de bom!



A Escola Municipal Professor José Sobreira de Amorim, de Fortaleza, CE, criou o Jornal do Futuro. Está sendo uma forma de trazer a realidade cotidiana dos alunos para o currículo escolar. Os resultados são alentadores.

O Jornal do Futuro visa a superar o baixo rendimento dos alunos, a partir da melhoria da leitura e da escrita, bem como estimular a expressão oral e produção textual. As matérias publicadas incluem tipos e gêneros textuais diferentes, presentes no convívio social e na vida do aluno: artigos de opinião, poesias, notícias, concursos, acrósticos, charges, dicas (saúde, esporte, trabalho, vivências), recados, bilhetes, cartas, crônicas, contos, diários, receitas, entrevistas, histórias em quadrinhos, resenhas (livros, filmes), adivinhações, charadas, desafios matemáticos etc.

Todos os alunos que produzem querem ver seus textos no jornal. Infelizmente, isso não é possível num jornal que dispõe de apenas quatro páginas. Temos que fazer uma seleção cujos critérios adotados, entre outros, são: diversidade de tipos e gêneros textuais, priorização dos aspectos textuais (coesão e coerência); não discriminação de textos devido a erros gramaticais ou ortográficos, uma vez que os alunos ainda estão no período de aprendizado das convenções sociais da língua.

O texto selecionado passa pela revisão do aluno juntamente com o professor de sala. Vale enfatizar que as matérias que não entram no jornal do bimestre por não terem sido selecionadas, são expostas num jornal mural no pátio da escola.

Outra forma de motivá-los é expondo em local visível da escola a nova edição e, em um quadro de honras, os nomes dos escritores e desenhistas que colaboraram para a produção daquela edição.

O Jornal do Futuro é trabalhado em todas as turmas, do pré-escolar até a nona série, de acordo com os objetivos enumerados no planejamento do professor. Quando o exemplar chega às salas de aula, são realizadas atividades diversificadas, que vão desde a leitura das imagens à produção de cartas do leitor e artigos de opinião.

Resultados

Para os professores, esse é um projeto muito positivo que tem dado bons frutos à escola, pois oportuniza desenvolver um trabalho a partir das próprias idéias dos alunos, aproximando-os da leitura e da escrita. Outro grande diferencial é a diversificação na metodologia de trabalho em sala de aula devido à diversidade de textos que são explorados, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico dos alunos.

E talvez o mais importante: os alunos estão mais interessados e receptivos ao trabalho com o jornal. Para eles, o jornal é tudo de bom. Para alguns, o mais interessante são os textos de sua autoria e os escritos pelos colegas de sala; para outros, as atividades não cansam e são prazerosas, especialmente os desafios, cruzadinhas, caça-palavras, piadas, adivinhações, jogo dos sete erros, pinturas e charadas.

Como criar um jornal escolar

A partir de nossa experiência, sugerimos alguns passos que achamos importantes para o sucesso na criação e manutenção de um jornal:

1) sensibilizar professores e alunos;
2) escolher um coordenador;
3) envolver toda a comunidade escolar na escolha do nome do jornal;
4) buscar apoio para sua publicação junto a organizações não-governamentais ou a Secretaria de Educação do seu estado ou município;
5) caso não haja apoio extra-escolar, buscar apoio dentro da escola, junto ao conselho escolar, pais, alunos e grêmio estudantil;
6) incentivar a produção de tipos e gêneros textuais diferentes;
7) estabelecer prazos para a produção e entrega das matérias à coordenação do jornal.

Sugestões de atividades com o jornal escolar

• Apresentar vários jornais locais para que os alunos estabeleçam as semelhanças e diferenças na diagramação, primeira página, manchetes, leads e temáticas abordadas;
• Promover a comparação dos jornais locais com o jornal escolar;
• Solicitar a identificação dos principais elementos de uma notícia: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?
• Desenvolver a capacidade argumentativa e crítica do aluno, solicitando-lhe que concorde ou discorde de um texto ou notícia através de argumentos convincentes;
• Pedir que estabeleçam a distinção entre fato e opinião;
• Solicitar a enumeração das temáticas abordadas;
• Explicitar os tipos de texto e os gêneros textuais presentes no jornal escolar;
• Incentivar a produção de cartas do leitor ou artigos de opinião sobre um problema da comunidade escolar ou do entorno da escola para publicação em um jornal local.
Jaiza Helena Moisés Fernandes,
pedagoga, especialista em Planejamento Educacional e
coordenadora do Jornal do Futuro , Fortaleza, CE.
Endereço eletrônico: jahmfernandes@yahoo.com.br
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 385, jornal Mundo Jovem, abril de 2008, página 9.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Site do pica-pau amarelo

Rede social para crianças une histórias de Monteiro Lobato à tecnologia

por Érika Kokay

   Divulgação
Crédito: divulgação

Entra no ar neste mês de março uma nova rede social, dessa vez para crianças de cinco a dez anos de idade. O Mundo do Sítio (mundodositio.com.br), um espaço virtual com conteúdo inspirado na vida e na obra de Monteiro Lobato, terá um museu virtual com a história do autor infantil e uma seção com trechos de seus livros narrados, além dos 35 jogos online. “Nos games, aplicamos conceitos da física, como o de gravidade, atrito e impulso para torná-los muito reais”, diz Vinicius Cagnotto, um dos programadores do site, resultado de uma parceria da Editora Globo com a Globomarcas. Na rede social, por segurança, os pequenos só poderão escolher frases e imagens prontas na hora de se comunicar com os outros participantes. No Brasil, há 4,5 milhões de crianças entre 2 e 11 anos que usam internet. “Logo mais, eles também poderão acessá-lo de tablets e smartphones”, diz Saulo Ribas, diretor do projeto, sobre empreitadas futuras da rede social infantil.

Fonte: Revista Galileu

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Por que e como incluir o uso do computador de maneira adequada na rotina da criançada

Fernanda Salla (novaescola@atleitor.com.br)

É cada vez mais presente no discurso dos educadores a ideia de que computador na escola só se for para ser usado como ferramenta pedagógica a fim de proporcionar aprendizagens às crianças.

Porém, quando esse é o assunto no currículo da pré-escola, ainda existem muitas dúvidas - inclusive na cabeça dos pais. Será que a máquina é realmente útil ou, no fim das contas, acaba virando mais um brinquedo na mão dos pequenos? NOVA ESCOLA consultou especialistas, que responderam a 13 perguntas sobre o tema para ajudar você a lidar com o assunto de forma prática e inteligente.

1 Por que os pequenos devem usar o computador? Primeiro porque é papel da escola apresentar os elementos do mundo em que vivemos e ensinar como interagir com eles. Segundo porque, ao planejar trabalhos com o computador na pré-escola, o educador permite que a turma desde cedo acesse diversas manifestações da linguagem. "O importante é não esquecer de que a tecnologia tem de ser usada para expandir conhecimentos. Não vale usá-la de maneira gratuita", diz Maria Virgínia Gastaldi, formadora do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

2 Qual deve ser o foco do trabalho com as crianças?Por ser uma ferramenta para ajudar na ampliação dos saberes (e não o objeto da aprendizagem), a máquina deve ser incluída na rotina para a realização de pesquisas na internet, o desenvolvimento de projetos ou para o uso de jogos que tenham como tema algum conteúdo que esteja sendo explorado no momento, dentre outras possibilidades. Não faz sentido reservar um tempo para aulas de informática a fim de ensinar como usar o mouse ou identificar os símbolos. Enquanto praticam a escrita do nome próprio, por exemplo, todos aprendem a operar o aparelho.

3 É preciso garantir uma máquina para cada criança?Não. O ideal é ter uma em cada sala. No caso de existir uma sala de informática ou então somente um aparelho na escola, os educadores têm de organizar um cronograma para garantir que todas as crianças tenham acesso. Assim, a atividade não será encarada como algo que ocorre raramente e, por isso, desperta ansiedade ou então se torna o centro das atenções da garotada. Porém, mais do que isso, a escola tem de se preocupar em integrar a tecnologia à aprendizagem, ou seja, fazer do computador um componente rotineiro para o grupo.

4 E o aluno que nunca teve acesso à informática? Mesmo para essas crianças, não é necessário fazer uma apresentação formal. O educador é sempre a referência para a turma. Então, basta que, ao começar uma atividade qualquer, ele explique os objetivos e descreva o que está fazendo. A tecnologia faz parte da cultura e a escola é responsável por fazer com que a criançada tenha acesso a ela. "Quem tem o recurso em casa leva para a escola novos elementos e compartilha com os colegas. Quem não tem adquire a chance de desenvolver as mesmas habilidades, passando a fazer parte do mundo digital", explica Camilla Duarte Schiavo Ritzmann, coordenadora pedagógica da Escola Santi, na capital paulista.

5 Os pequenos podem brincar com o computador? Sim, desde que as brincadeiras não sejam passatempos, atividades que não se refletem em aprendizagens. O educador tem de eleger jogos e programas interativos que agreguem o trabalho com os conteúdos didáticos explorados na pré-escola.

6 Quais as características de um bom jogo online? Tal como um jogo de tabuleiro, ele precisa desafiar os pequenos a colocar em cena seus conhecimentos, assim como apresentar novas informações para desafiá-los. Modelos que apresentam questões a serem respondidas e depois simplesmente revelam certo ou errado, sem justificativas, por exemplo, não são interessantes.

7 O educador precisa dominar informática? Não, mas é imprescindível estudar antes o que vai ser apresentado para a criançada, tanto para saber se o material tem qualidade didática como para planejar os encaminhamentos. No caso do uso da internet para fazer pesquisas, é preciso cuidar para que a turma não acesse sites inadequados para a faixa etária ou pouco confiáveis, que podem fornecer informações de qualidade duvidosa.

8 Qual o tempo ideal de uso da máquina por dia? Não existe uma medida-padrão. O importante é balancear essa atividade em relação a outras típicas da Educação Infantil, como a roda de leitura. Na sala da pré-escola da CMEI Nossa Senhora de Fátima, em Curitiba, o computador fica em um dos cantos, tal como o da cozinha, da leitura e dos jogos. "A intenção é justamente diversificar a oferta de possibilidades", explica a professora Joseana de Almeida Fonseca Fontoura.

9 Ter acesso à internet é fundamental? Embora não seja obrigatório, é difícil conceber um computador que não esteja conectado à rede mundial hoje em dia. Ela é uma ótima fonte de pesquisa e o acesso está cada vez mais fácil para a população. No mais, a interação virtual é um aspecto que deve ser apresentado às crianças e estimulado. É muito enriquecedor mostrar a possibilidae de buscar informação em lugares que muitas vezes estão longe de onde a criançada vive.

10 É válido usar programas para desenhar? Sim, para que a turma conheça outra forma de criar desenhos. "Porém um equívoco muito comum é imprimir os trabalhos", diz Silvana Augusto, formadora do Avisa Lá. É um gasto denecessário de material e, transferindo a produção para o papel, o educador limita as possibilidades de uso da máquina. Por exemplo, propor que as crianças alterem o material para usá-lo em outros projetos.

11 A tecnologia desestimula a leitura de livros? Não deveria, já que se tratam de suportes diferentes, tal como a televisão e o rádio, e um não substitui o outro. É importante compreender que é preciso lidar com todas elas. Enquanto no computador a leitura pode ser complementada com recursos audiovisuais usados de forma interativa, com o livro, fica mais ao cargo do leitor interpretar o texto.

12 A aprendizagem da escrita à mão fica prejudicada? Não, porém é tarefa do educador garantir que o trabalho com lápis e papel e com letras móveis ocorram também. Naturalmente, muitos adultos hoje não escrevem à mão com a mesma frequência de antes e essa deve ser uma tendência entre os pequenos. Mas como há situações em que a escrita de próprio punho não pode ser substituída (por exemplo, quando as crianças estão em um estudo de campo e precisam fazer anotações), é fundamental garantir essa aprendizagem. “A criançada precisa aprender todas as possibilidades da escrita para que possa escolher qual é a mais adequada para usar em cada situação”, fala Silvana.

13 A troca mensagens eletrônicas deve ser estimulada? Sim, porque é uma forma de comunicação real, tal como a carta. Porém, tem de ser uma atividade contextualizada (por exemplo, escrever um e-mail para indicar para os colegas de outra escola o livro que a turma leu recentemente, com a elaboração de uma resenha). O correio eletrônico também pode ser usado para contatar profissionais, como médicos e biólogos, que possam esclarecer dúvidas e ampliar conhecimentos da criançada.

Fonte: Nova Escola