quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Os 5 primeiros blogs da internet – Superlistas

Os 5 primeiros blogs da internet

Ana Carolina Prado 31 de agosto de 2011

O dia 31 de agosto foi escolhido informalmente para celebrar a blogosfera porque os números 3108 lembram a palavra Blog. Se você olhar direito até lembra, vai. Saca só a imagem que está no site comemorativo:

Nesta data, blogueiros do mundo todo recomendarão cinco blogs bacanas para seus visitantes. Nós vamos aproveitar a ocasião para relembrar um pouco da história da internet. Nossas indicações vão para os primeiros blogs já criados – tudo bem antes do aparecimento de serviços como o Livejournal ou o Blogger, que só vieram em 1999. E adivinhe só: o primeiro diário online foi criado por um brasileiro.

Open Diary, novembro 1994

O site do cientista e pesquisador brasileiro Cláudio Pinhanez, que na época já trabalhava no MIT Media Lab, é considerado o primeiro a ser publicado em formato de diário virtual. O seu “Diário Aberto”, publicado no Laboratório de Mídia do MIT, tinha o objetivo de documentar acontecimentos em sua vida e foi atualizado até 1996. Em seu primeiro texto, ele falava sobre o filme Vanya on 42nd Street (Tio Vanya em Nova York ), que havia achado o máximo. “Fazia tempo que eu não assistia a um grupo de atores interpretando um texto com tanta intensidade. Vi no domingo, mas na noite de segunda-feira ainda estava animado, e não podia tirá-lo de minha mente”.

Links.net, janeiro de 1994

Em dezembro de 1993, o estudante Justin Hall, à época com 19 anos, encontrou um exemplar no jornal New York Times que falava sobre uma coisa nova chamada web. O primeiro site havia sido colocado no ar no ano anterior. “Gráficos e links para percorrer a Internet? Todo o conceito me surpreendeu. Logo após navegar na web, percebi que quase todos os esforços de publicação on-line foram amadores – feitos por pessoas que sabiam como usar HTML, mas não necessariamente tinham algo em particular a dizer”, conta ele em sua página. Então ele resolveu aprender HTML buscando informações na internet para criar seu próprio site, que se chamou inicialmente “Página Inicial do Justin”. Foi o primeiro blog já criado. Lá, havia links para informações HTML, uma foto dele com o coronel americano Oliver North, um clipe sonoro do vocalista do Jane’s Addiction louco de ácido e uma lista dos seus sites favoritos, além de alguns textos em que falava sobre a sua vida. Havia também uma página cor de rosa sobre sexoque trazia links como “Conselhos sexuais”, “Vitrines sexuais” e “Supermodelos disfarçadamente sexuais”, seja lá o que isso quisesse dizer. Tudo isso fez sucesso e Justin manteve o blog por 11 anos.

Carolyn’s Diary, janeiro de 1995

Em 1995, a americana Carolyn Burke criou o Carolyn’s Diary. Logo no início da página, ela avisava: “Cuidado… este é o meu diário”. Ali, ela contava sobre seu dia, seus pensamentos, compartilhava alguns links e poemas. Em um dos posts, falava sobre a brincadeira mais divertida da internet: criar o maior número de contas de e-mail possível. Definitivamente, eram outros tempos. Carolyn também integrava o projeto “24 Horas no Ciberespaço”, um projeto colaborativo pioneiro que pretendia humanizar a rede e convidava as pessoas a postarem fotografias mostrando como a internet havia afetado sua vida. Ela ficou famosa e, em 1996, foi capa das revistas U.S News e Report World.

Scripting News, abril de 1997

O programador e empresário americano Dave Winer é pioneiro na tecnologia de RSS, XML-RPC, OPML e da API MetaWeblog e é considerado um dos caras mais importantes da história da internet. Em abril de 1997, ele lançou o Scripting News, uma página de notícias para os usuários do software Frontier, que se tornou um dos mais antigos weblogs restantes na rede hoje. Por um bom tempo, desde seu primeiro post, no dia 1º de abril de 1997, os posts só traziam uma lista de links. Depois é que foram ganhando mais conteúdo.

RobotWisdom.com, dezembro de 1997

O americano Jorn Barger foi o criador do termo “weblog” para definir uma nova forma de publicação na web. O RobotWisdom.com (Robô da Sabedoria) já existia desde fevereiro de 1995 e trazia artigos sobre James Joice, inteligência artificial, cultura na internet, design de hipertexto, história e tendências tecnológicas, assuntos sobre os quais ele entende muito. Mas foi só em 97 que começou a usar o termo “weblog” e a postar diariamente na esperança de encontrar uma audiência que pudesse ser capaz de ver as conexões entre todos os temas que ele explorava. Em seus posts, colocava links sobre arte e tecnologia e informava as pessoas sobre suas leituras e pesquisas. O termo foi encurtado para” blog “por Peter Merholz em 1999.Os 5 primeiros blogs da internet – Superlistas

domingo, 7 de agosto de 2011

Como os alunos fazem buscas na internet

Estudo realizado pela Universidade de Buenos Aires, na Argentina, mostra como os estudantes procuram informações na rede mundial

Gabriel Pillar Grossi (ggrossi@abril.com.br), de La Plata, Argentina

A tecnologia está cada vez mais presente na vida de todos. Tanto é assim que pela primeira vez na história o Pisa (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação Comparada, a famosa prova realizada com jovens de 15 anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OCDE) vai incluir, neste mês de maio, um teste para ser respondido com o auxílio do computador. As 27 questões serão aplicadas apenas em 17 países (dos quase 60 que fazem o Pisa), justamente para medir a capacidade de encontrar informações e construir conhecimento utilizando a rede mundial.

No entanto, o uso de computadores na escola ainda não está tão disseminado em nosso país (e em muitos de nossos vizinhos). Pesquisa divulgada no mês passado mostrou que 63% dos estudantes brasileiros dizem que o lugar mais habitual para acessar a internet é a escola. Porém, esses mesmos jovens afirmam que metade dos professores não utiliza nem recomenda a rede. E apenas um em cada dez entrevistados aprendeu a usar a ferramenta com um educador.

Cientes dessa falta de familiaridade dos professores com a internet, pesquisadores da Universidade de Buenos Aires vêm se dedicando a entender como os alunos buscam informações na rede. "Muita gente acha que, pelo fato de terem mais acesso às máquinas desde cedo, as crianças sabem tudo o que precisam fazer, o que não é verdade", destaca Flora Perelman, a coordenadora do estudo, que foi apresentado em março durante as Jornadas 30 Anos de Leitura e Escrita na América Latina, em La Plata. "Temos um papel fundamental na hora de ajudar essa turma a usar as novas tecnologias."

O estudo, feito com alunos do equivalente ao nosso 7º ano em 400 escolas da província de Buenos Aires, indica que há cinco pontos essenciais a considerar antes de colocar a garotada na frente da tela: compreender que a busca na rede é uma prática social de leitura, tomar consciência de que a máquina deve ser usada ao nosso favor, aprender a escolher os sites que têm o que se quer procurar, saber selecionar informações confiáveis e entender o peso da imagem no processo.

O que o aluno deve buscar na rede, onde e como

O primeiro problema que se coloca para os estudantes ao pesquisar na internet é onde encontrar o que se quer. Em geral, acessam um site de busca (tipo Google) e digitam uma ou mais palavras. Há três comportamentos padrão. Quando quer apenas se divertir, o jovem clica no primeiro resultado de busca e vai para o novo site. Na hora de buscar conhecimento geral, ele clica em no máximo dois sites, até achar o tema em questão. Finalmente, quando tem de localizar algo específico para uma tarefa escolar a complexidade aumenta: o aluno faz a busca, lê o site, tenta avaliar a qualidade dos dados oferecidos e refaz o processo várias vezes, até ter alguma certeza de que os nomes, números e datas conferem. Mas o processo é eficaz? "Isso prova que buscar informação na internet é altamente complexo, é uma prática social de leitura e, portanto, requer auxílio constante do professor", explica Flora Perelman.

Mariana Ornique, também da equipe que realiza o estudo, conta que, quando o professor não orienta o trabalho, o mais comum é a turma digitar qualquer coisa na tela, sem pensar muito. "Só que a página de busca não é capaz de interpretar nada." Por isso é fundamental discutir o que exatamente se quer encontrar - antes de clicar. Em outras palavras, é preciso levar os alunos a entender a diferença entre pedir informação a alguém e à máquina. Só assim a tecnologia é usada a favor do usuário e da aprendizagem.

Na hora de escolher, confiança é a chave

O terceiro passo é aprender a selecionar os sites "Na dúvida, as crianças muitas vezes optam por um ‘.org’ ou ‘.gov’, porque acreditam que páginas não-comerciais têm mais credibilidade", afirma outra pesquisadora, Vanina Estévez. "Será? Duvidar das informações é essencial e é preciso ensinar a turma a fazer isso." Segundo a pesquisa, os jovens acreditam muito na objetividade dos fatos históricos. Mas é essencial que eles compreendam que qualquer ponto de vista carrega consigo uma certa parcialidade - conhecimento, aliás, que deve ser explorado também em atividades sem o computador. Daí a importância de saber selecionar as informações confiáveis (a quarta conclusão do estudo). Afinal, nem tudo o que está disponível na internet é verdadeiro.

Como, então, levar a turma até dados confiáveis? "Essa é a questão quando se trata de explorar a tecnologia na escola", diz a pesquisadora Emilia Ferreiro, conhecida por seus estudos em alfabetização, mas que coordena trabalhos sobre o uso do computador em classe. "Quando alguém nos pergunta algo, imediatamente pensamos para que essa pessoa quer saber isso, aonde quer chegar. E a máquina não faz isso. Nenhum site de busca consegue interpretar como nós fazemos."

A força das imagens e como não se enganar

Finalmente, María Rosa Bivort, também da equipe de Buenos Aires, chama a atenção para a importância da imagem na busca via internet. "Numa das tarefas propostas, os alunos tinham de encontrar fotos de imigrantes que vieram da Europa no século 19", conta ela. "Ao colocar palavras-chave nas ferramentas de busca, como ‘navio’ e ‘século 19’, algumas crianças encontraram fotos recentes de embarcações antigas em festas em homenagem aos imigrantes, por exemplo." Isso serviu para os professores explicarem que nem todas as imagens em sépia (aquele tom amarelado que as fotos em preto-e-branco ganham com o tempo) são velhas de verdade, pois esse efeito pode ser obtido hoje justamente graças à informática. Sem falar no próprio visual dos sites - um mais atraente pode "parecer" mais confiável, sobretudo para crianças menores.

Tudo isso só reforça a importância de cruzar informações e checar antes de simplesmente comprar o que aparece na tela. "A confiabilidade é mesmo o aspecto crucial", analisa Emilia Ferreiro. "A grande vantagem é que a máquina nos permite experimentar infinitamente. Podemos voltar, refazer, trocar tudo. E isso não causa nenhum problema ao trabalho, pois ele é 100% reversível. No entanto, precisamos ensinar a interpretar. Pois só assim vamos ajudar os alunos a construir conhecimento de fato."

Fonte: Nova Escola

Laboratório de informática - Educar para crescer

Laboratório de informática - Educar para crescer

Dicas para montar um laboratório de informática na sua escola e fazer os alunos aproveitarem o melhor dele


Nova-EscolaFoto: Daniel Wainstein
sala de informática

O passo-a-passo para incluir a tecnologia na vida escolar

- Conheça a cultura televisivo-digital de seus alunos: o que eles gostam de ver na TV e usar na internet, como jogos e comunidades.

- Faça um debate com os que já utilizam canais de comunicação, como o MSN: discuta as palavras que eles usam para se comunicar e compare com a linguagem culta.

- Promova dias ou momentos de jogos coletivos na internet. Utilize os que provocam a interação, envolvem conhecimentos gerais e específicos de disciplinas da escola (Matemática, História) e estimulam estratégias, desafios e raciocínio lógico.

- Crie uma comunidade da escola no Orkut, com a participação dos estudantes e autorização da direção. O debate em torno da criação da comunidade, de seus objetivos e regras pode enriquecer o aprendizado. Lembre que essa iniciativa envolve riscos e responsabilidades, pois trata-se de um espaço livre, onde qualquer um pode entrar e escrever o que quiser. Deixe claro que, assim como na vida real, na virtual também não podemos ofender, caluniar ou injuriar ninguém.

- Estimule a troca de opiniões por meio de outras ferramentas, como os blogs.

- Identifique os alunos que participarão do projeto, suas habilidades e potenciais. A escolha pode ser feita também por questionário aos interessados. Deixe claro que será uma tarefa voluntária e que o maior ganho será o conhecimento.

- Não deixe de fora os que têm dificuldades de aprendizagem ou que “dão trabalho”em sala de aula. A responsabilidade e a valorização podem ajudá-los a mudar.

- Após o período de formação, organize o trabalho, com datas e horários, e defina compromissos e regras. Tudo que for combinado deve ser escrito e repassado aos pais, para que eles autorizem os filhos a ficar na escola em horário extra-aulas.

- Providencie camisetas de monitor ou certificados de participação que comprovem a condição de voluntário no laboratório de informática.

- Oriente os monitores a pesquisar na internet e deixe-os à vontade para trazer contribuições ao laboratório. Reserve um horário livre para que explorem softwares e a internet.

- Apresente-os à comunidade escolar, deixando clara sua importância e os objetivos do projeto.

- Entreviste os voluntários de tempos em tempos: o que aprenderam? Quais foram os maiores desafios? O que sugerem para o futuro?

- Vale destacar que os monitores não substituem professores nem técnicos.

Como funciona seu computador por dentro

Como Funciona o Computador...

started , partes do computador

TECNOLOGIA X METODOLOGIA

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Prof. Dr. Fernando Almeida - Inclusão Digital

Jornal da escola. Tudo de bom!



A Escola Municipal Professor José Sobreira de Amorim, de Fortaleza, CE, criou o Jornal do Futuro. Está sendo uma forma de trazer a realidade cotidiana dos alunos para o currículo escolar. Os resultados são alentadores.

O Jornal do Futuro visa a superar o baixo rendimento dos alunos, a partir da melhoria da leitura e da escrita, bem como estimular a expressão oral e produção textual. As matérias publicadas incluem tipos e gêneros textuais diferentes, presentes no convívio social e na vida do aluno: artigos de opinião, poesias, notícias, concursos, acrósticos, charges, dicas (saúde, esporte, trabalho, vivências), recados, bilhetes, cartas, crônicas, contos, diários, receitas, entrevistas, histórias em quadrinhos, resenhas (livros, filmes), adivinhações, charadas, desafios matemáticos etc.

Todos os alunos que produzem querem ver seus textos no jornal. Infelizmente, isso não é possível num jornal que dispõe de apenas quatro páginas. Temos que fazer uma seleção cujos critérios adotados, entre outros, são: diversidade de tipos e gêneros textuais, priorização dos aspectos textuais (coesão e coerência); não discriminação de textos devido a erros gramaticais ou ortográficos, uma vez que os alunos ainda estão no período de aprendizado das convenções sociais da língua.

O texto selecionado passa pela revisão do aluno juntamente com o professor de sala. Vale enfatizar que as matérias que não entram no jornal do bimestre por não terem sido selecionadas, são expostas num jornal mural no pátio da escola.

Outra forma de motivá-los é expondo em local visível da escola a nova edição e, em um quadro de honras, os nomes dos escritores e desenhistas que colaboraram para a produção daquela edição.

O Jornal do Futuro é trabalhado em todas as turmas, do pré-escolar até a nona série, de acordo com os objetivos enumerados no planejamento do professor. Quando o exemplar chega às salas de aula, são realizadas atividades diversificadas, que vão desde a leitura das imagens à produção de cartas do leitor e artigos de opinião.

Resultados

Para os professores, esse é um projeto muito positivo que tem dado bons frutos à escola, pois oportuniza desenvolver um trabalho a partir das próprias idéias dos alunos, aproximando-os da leitura e da escrita. Outro grande diferencial é a diversificação na metodologia de trabalho em sala de aula devido à diversidade de textos que são explorados, possibilitando o desenvolvimento do senso crítico dos alunos.

E talvez o mais importante: os alunos estão mais interessados e receptivos ao trabalho com o jornal. Para eles, o jornal é tudo de bom. Para alguns, o mais interessante são os textos de sua autoria e os escritos pelos colegas de sala; para outros, as atividades não cansam e são prazerosas, especialmente os desafios, cruzadinhas, caça-palavras, piadas, adivinhações, jogo dos sete erros, pinturas e charadas.

Como criar um jornal escolar

A partir de nossa experiência, sugerimos alguns passos que achamos importantes para o sucesso na criação e manutenção de um jornal:

1) sensibilizar professores e alunos;
2) escolher um coordenador;
3) envolver toda a comunidade escolar na escolha do nome do jornal;
4) buscar apoio para sua publicação junto a organizações não-governamentais ou a Secretaria de Educação do seu estado ou município;
5) caso não haja apoio extra-escolar, buscar apoio dentro da escola, junto ao conselho escolar, pais, alunos e grêmio estudantil;
6) incentivar a produção de tipos e gêneros textuais diferentes;
7) estabelecer prazos para a produção e entrega das matérias à coordenação do jornal.

Sugestões de atividades com o jornal escolar

• Apresentar vários jornais locais para que os alunos estabeleçam as semelhanças e diferenças na diagramação, primeira página, manchetes, leads e temáticas abordadas;
• Promover a comparação dos jornais locais com o jornal escolar;
• Solicitar a identificação dos principais elementos de uma notícia: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê?
• Desenvolver a capacidade argumentativa e crítica do aluno, solicitando-lhe que concorde ou discorde de um texto ou notícia através de argumentos convincentes;
• Pedir que estabeleçam a distinção entre fato e opinião;
• Solicitar a enumeração das temáticas abordadas;
• Explicitar os tipos de texto e os gêneros textuais presentes no jornal escolar;
• Incentivar a produção de cartas do leitor ou artigos de opinião sobre um problema da comunidade escolar ou do entorno da escola para publicação em um jornal local.
Jaiza Helena Moisés Fernandes,
pedagoga, especialista em Planejamento Educacional e
coordenadora do Jornal do Futuro , Fortaleza, CE.
Endereço eletrônico: jahmfernandes@yahoo.com.br
Projeto Pedagógico publicado na edição nº 385, jornal Mundo Jovem, abril de 2008, página 9.